quarta-feira, 9 de julho de 2014

097 - NÃO FOI no GRITO

3º ANO do BLOG  “NÃO FOI no GRITO”

No dia 09 de julho de 2014 o blog “NÃO FOI NO GRITO” inicia o seu 4º ano do trabalho silencioso. O seu projeto é o TEMPO  preparatório para a proclamação efetiva da soberania do Brasil. O seu problema consiste em demonstrar e contrariar a opinião geral que esta soberania foi conquistada num simples e solitário GRITO.
Para tanto o blog “NÃO FOI NO GRITO” percorre mês a mês o que o CORREIO BRAZILENSE publicava dois séculos atrás em relação ao Brasil e suas circunstâncias da época. Com este referencial compara e avalia o que ocorre no Brasil dois séculos depois
Nas postagens deste blog “NÃO FOI NO GRITO” não se buscam prosélitos, seguidores ou multidões. Multidões capazes - com o seu ruído, exclamações e gritos - desviar o objetivo da contemplação serena e desapaixonada do PODER ORIGINÀRIO de agora e de 200 anos atrás.

LAZAR SEGAL Mário de Andrade na rede- 1929  gravura 
Fig. 01 –O escritor Mário da Andrade (1893-1945) foi alguém competente e compenetrado sem se deixar distrair ou envaidecer pela fama.  Num intenso trabalho sondou a alma brasileira em todas as dimensões e intuiu a sua profunda e silenciosa  conexão com o seu tempo e lugar. Com sua atenção e com esta conexão devolveu um farto, rico e original repertório da alma brasileira. Esta elaboração não cessa de ter seguidores silenciosos e que se encarregam de atualizar o seu legado material e imaterial.

SUMÁRIO do 1º ANO

SUMÁRIO do 2º ANO

MÁSCARA de GUY FAWKES  em DRUMOND de ANDRADE Londres: Guardian 24.06.2013A
Fig. 02 – Os protestos que se espalharam pelo mundo afora e atingiram o Brasil com intensidade e sob as mais variadas formas e objetivos reflete uma época de transição. Transição entre os padrões da era industrial estão migrando para era pós-industrial. O Correio Braziliense pertenceu aos primórdios da cultura do múltiplo industrial. A era pós-industrial usa este mesmo múltiplo e o potencializa instantaneamente tantopara um único destinatário como para milhões.

SUMÁRIO do 3º ANO do BLOG
“NÃO FOI no GRITO”

077 - NÃO FOI no GRITO .
A POLÍCIA e os JUÍZES. 

078 - NÃO FOI no GRITO .
BRASIL do OIAPOQUE ao CHUI. 

PROTESTOS em BRASÌLIA -  CP 17.06.2013
Fig. 03 – A HITÓRIA existe apenas como ENTE PRIMITIVO do qual todos falam mas ninguém é capaz de estabelecer um conceito unívoco, linear e único. Existem narrativas visuais, faladas e escritas. Assim é possível gerar um evento singular e em relação a ele gerar imagens, textos e falas cuja eficácia de sedução foi plenamente comprovada pelo regime nazista. Imagens, textos e falas que contornavam a ética em qualquer uma das suas manifestações.

079 - NÃO FOI no GRITO.
VOZES da ÁFRICA: ESCRAVIDÃO e COLONIALISMO.

080 - NÃO FOI no GRITO.
BRASIL e CHINA:
COINCIDÊNCIAS em 1813 e 2013.

081 - NÃO FOI no GRITO.
HELENISMO – MANEIRISMO  e POS-MODERNIDADE: três épocas de mudanças.

082 - NÃO FOI no GRITO.
CARGOS e FUNÇOES e a
PROPAGANDA da CRENÇA no ESTADO NACIONAL

CATTELAN Maurizio  -Rotunda GUGGENHEIM  NYT 08.11.2011
Fig. 04 – A cultura pós-industrial é competente para se apropriar, reciclar e mandar para o museu todos os estágios anteriores.  A era industrial realizou esta proeza com os objetos únicos e manufaturados da era agrícola

083 - NÃO FOI no GRITO.
...e o RESTO é GRITARIA
para apenas marcar um território transitório.


084 - NÃO FOI no GRITO .
Como o BRASIL se percebia em NOVEMBRO de 1813 e  a CRENÇA no ESTADO NACIONAL

085 - NAO FOI no GRITO
1814-2014 – O BRASIL ACOMPANHA DOIS SÉCULOS de
 GUERRAS ALHEIAS na BUSCA da HEGEMONIA PLANETÁRIA.

UCRANIA - Kiev no caos - Foto de Louisa GOULIAMAKI - CP 21.02.2014
Fig. 05 –Os “SEM HITÓRIA e SEM ROSTO” buscam desmontar as imensas estruturas opressivas do PODER ORIGINÀRIO herdadas da era industrial unívoca, linear e concentradora. .


086 - NAO FOI no GRITO
Uma SEMENTE de LIBERDADE.


087  - NÃO FOI no GRITO
O BRASIL e o COMÉRCIO INTERNACIONAL em  1813 e em 2013.


088  - NÃO FOI no GRITO.
GRITOS PARA INTRIGAR.


089  - NÃO FOI no GRITO.
A GUERRA SOBRE a MESA
BRASIL em FEVEREIRO de 1814 e 2014.

NSA
Fig. 06 – Entre os anos de 2013 e 2014 cresceu macro controle absoluto da informação e  a produção de versões adequadas e politicamente corretas é uma das preocupações dos governos dos países hegemônicos. Os norte-americanos concentraram e continuam o papel que Londres exercia em 1813 e1814 e ao longo do século XIX. Não era por acaso que Hipólito da Costa ali redigia, imprimia e distribuía o Correio Braziliense.

090  - NÃO FOI no GRITO.
MANDAR no PRÍNCIPE:   Mediadores e atravessadores auto titulados mandam sem perguntar e dão conselhos importunos.
BRASIL em MARÇO de 1814 e 2014.


091  - NÃO FOI no GRITO.
A ESCRAVIDÃO NÃO FOI ABOLIDA NO GRITO.

092 - NÃO FOI no GRITO -
A NOBREZA LUISITANA OMISSA na HORA da CONTABILIADE e da DISTRIBUIÇÃO  BRASIL 1814 - 2014


093- NÃO FOI no GRITO -
SUBSTITUIR o ESCRAVO pelo IMIGRANTE.


094 - NÃO FOI no GRITO -
Em JUNHO de 1814 o GOVERNO do BRASIL era ÓTIMO:  pena que existia o povo...

PROTESTOS na CANDELÁRIO do Rio de Janeiro - CP 18.06.2013
Fig. 07 – A multidões se dispersam tão rapidamente como se reuniram. A carga da acelerada e opressiva multiplicação dos fatos subsequentes, encarrega-se de apagar rapidamente qualquer narrativa visual ou escrita.  Resta apenas a simples união física das pessoas e produzindo rebanhos “sem condições de deliberar e decidir a respeito de si mesmas”. Abre-se o paraíso para atravessadores, tituladores e atravessadores.


095 - NÃO FOI no GRITO -
O BRASIL NASCEU e CONTINUA VELHO.

096 - NÃO FOI no GRITO -
O BRASIL em JULHO de 1814 e a sua busca da MAIORIDADE.

MuCEM - TRANSUMÂNCIA e MARSELHA -- The Guardian 10.06.2013
Fig. 08 – A simples união física das pessoas produz apenas multidões ou apaga rapidamente qualquer narrativa visual ou escrita e produzindo rebanhos. Geram-se multidões incalculáveis  “SEM HISTÓRIA” além de brinco numérico digital de identificação e de garantia de origem de procedência.

O CONHECIMENTO de SI MESMO não interessa mais,  pois um clone é condicionado, servido e alimentado por  mediadores, atravessadores e tutelares. Tutelares, atravessadores e mediadores que para o seu controle do rebanho aplicam chips numéricos digitais em todos e em tudo.
Como afirmamos em outro blog que A HISTÓRIA NÃO É LIXEIRA. Não basta acumular dados e fatos de um passado mais ou menos remoto. Nesta condição estes dados e fato não passam de um entulho pronto para ir ao lixo.
Ninguém consegue libertar a História indígena, africana e do imigrante brasileiro do interior de uma cápsula hermeticamente fechada  e ameaçada de torna-se lixo. Em tempo de obsolescência programada e  de descarte generalizado o dia anterior - e o passado em geral -  entram na categoria do obsoleto, do inútil - senão como algo ameaçador . O historiador passa a ser percebido e tratado como o catador de lixo para esta mentalidade consumista. Para esta mentalidade a única função do passado é mostrar como o EU do presente é superior. Este EU julga se onipotente, onisciente, onipresente e eterno, pois ele está VIVO e TRIUNFANTE e o passado está MORTO e INÚTIL.

Fig. 09 –Os “SEM HITÓRIA” além de um solitário quero-quero
A distinção que mais se percebe duzentos anos após as sucessivas  edições do CORREIO BRAZILIENSE e que a era pós-industrial é competente para  reificar o passado  torna-lo mais rápida e eficazmente em COISA.  Na condição de objeto este passado pode ser ridicularizado na hora e na forma que interessa  ao mortal vivo e idiota desqualifica-lo e descarta-lo. Este idiota atarantado e eufórico com a sua tecnologia não percebe que ele próprio é parte deste processo. Uma serie infinita de fatos, conceitos e fazeres  protagonizado por este idiota atarantado e eufórico nada entende do dia do hoje e do presente.  Marc Bloch esclarecia e distinguia (1976: 4.).
“É tal a força da solidariedade das épocas que os laços da inteligibilidade entre elas se tecem verdadeiramente nos dois sentidos. A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja mais útil esforçar-nos por compreender o passado se nada sabemos do presente” .
BLOCH, Marc (1886-1944)  . Introdução à História.[3ª ed] Conclusão de Lucian FEBVRE - .Lisboa :Europa- América  1976  179 p

Damien HIRST (1965 - ) Bezerro de Ouro 2008 - vendido por 16.5 milhões de dólares
Fig. 10 – O artista inglês aproveita-se o idiota atarantado e eufórico da era pós-industrial para lhe vender, bem caro, o seu BEZERRO de OURO embalsamado.   Esta obra é uma imagem contemporânea da nova idolatria da mídia da propaganda e marketing

Os historiadores tem a menor responsabilidade pelo fato de que a Historia Contemporânea estar em migalhas. A era  da cultura pós-industrial é determinada por pessoas que aprenderam a criar narrativas singulares e mantê-las únicas encapsuladas. Vai longe o TEMPO do EU romântico que jogava o seu coração sangrando e pulsando no balcão do espaço público.  O horror e o espanto pessoal eram apresentados ao transeunte como universais e veiculados de forma massiva, impressa e duradoura. Na época pós-industrial é o contrário: o horror e o espanto são encapsulados cuidadosa e asceticamente.  O rótulo da narrativa condiciona o seu o consumo para uma obsolescência impessoal, programada e virtual.
A cultura pós-industrial formam  vastas geografias culturais. Culturas habitadas por térmitas e clones alimentados pelo marketing e propaganda. Alimento cuidadosamente extraído do seu meio de origem, juridicamente encapuzado e mediado pelo marketing e pela propaganda. Clones com as suas vidas e os seus pensamentos pré-determinados e que torna desinteressante para ao outro clone com carga cultural idêntica.
O resultado é a solidão do clone na multidão.

ENCAPSULADOS e ENCAPUZADOS

 FERNANDO PESSOA


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