quinta-feira, 11 de setembro de 2014

103 - NÃO FOI no GRITO

SETEMBRO de 1814 e 2014:
Os 8 ANOS anteriores à INDEPENDÊNCIA OFICIAL do BRASIL e os REFLEXOS DUZENTOS ANOS DEPOIS.
“O Brazil é um paiz nascente, aonde todos os ramos de industria começam de novo, e a vereda que tomarão depende de tantas circumstancias, que naõ está ao alcance da prudência humana o determinar com precisão, quaes seraõ para o futuro os ramos de industria mais próprios ao paiz, e quaes os menos importantes”.
CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL.VOL. XIII . No, 76. p. 401-
http://feb.ufrgs.br/feb/objetos/998915
Fig 01 - A presença do rei e da corte de Portugal no Brasil, entre 1808 e 1821, permitiu, não só uma transição civilizada do ‘Ancien Regime’ para uma monarquia constitucional na metrópole lusitana, mas, também, permitiu prever e equipar uma estrutura governamental mínima para a Colônia brasileira enfrentar a sua soberania em 1822. Certamente as narrativas do papel silencioso e firme do Príncipe Regente e depois monarca Dom João VI não lhe fazem justiça por serem muito descritas, distorcidas tanto aquelas reinois lusas como as produzidas na antiga colônias.
A imagem acima evidencia o descuido e os maus tratos desta memória

Este blog possui como problema a DISCORDÂNCIA, com a VOZ GERAL de que a SOBERANIA BRASILEIRA ACONTECEU no “GRITO”. A lenta e atenciosa visita dos 13 anos em que Príncipe e depois Rei dom João VI e sua corte permaneceram em terras americanas contraria, a cada passo, esta simplificação marqueteira do discurso ufanista brasileiro gerado nos estertores do Regime Imperial Brasileiro. A contemplação e análise minuciosa dos documentos permitem verificar que esta soberania estava colocada como certa e necessária. Não cabia à corte e muito menos ao rei dar este passo e nem emitir sinais nesta direção se a concretização de fato, desta soberania, deveria partir do interessado, A Corte e o Rei ensejava uma preparação e uma transição civilizada.
O Correio Braziliense, de setembro de 1814, entanto deixa antever, prever e apontar o que era essencial para proclamar, viver e reproduzir esta soberania brasileira
http://paginas.fe.up.pt/~ei07074/MNSE/SITE/index.html#map/rotundaboavista
Fig 02 – O triunfo do ano de 1814 não foi respondido pela euforia real e da corte por meio de um júbilo insano e um precipitado retorno do monarca Dom João VI do Brasil para Portugal Este retorno foi protelado de 1814 até 1821. Os sete anos brasileiros da corte lusitana , permitiram prever e equipar uma estrutura governamental sólida para a Colônia brasileira enfrentar a sua soberania em 1822 e sem se esfacelar como estava acontecendo com as antigas posses espanholas na América.

CORREIO BRAZILIENSE, de SETEMBRO de 1814. VOL. XIII . N. 76 .p.399-411
Miscellanea. Reflexoens sobre as novidades deste mez. BRAZIL.


A 15 deste mez de Septembro chegou a Plymouth no brigue Voador, Antônio de Saldanha da Gama; o qual junctamente com o Ministro de S. A. R,, que estava em Suécia (D. Joaquim Lobo) e com o Conde de PaImela, seraõ os Plenipotenciarios Portuguezes no Congresso de Vienna.
0 Ministro, Saldanha, foi aprezentado ao Principe Regente de Inglaterra, e depois partio S. Ex*. para o seu destino.


http://lusophia.wordpress.com/2013/12/06/o-anjo-custodio-de-portugal-memoria-cultual-por-vitor-manuel-adriao/
Fig 03 – Não há como discutir contra uma imagem. Pode-se ignora-la, tentar uma narrativa iconográfica ou simplesmente admití-la - no seu silêncio e mudez - como um índice do mundo que a produziu. A imagem do ANJO CUSTODIO de PORTUGAL do tempo do monarca Dom João VI mostra o ecletismo tentado, no seu tempo, entre o mundo clássico, o medieval e com um pé no romantismo do século XIX O Congresso de Viena tentava salvar o que restara de pé do Ancien Regime e medieval. A sua mente estava voltada para as formas plásticas do mundo greco-romano enquanto sabia que tinha de lidar com sentimento do EU romântico protegido apenas pelo seu ANJO da GUARDA do seu próprio GÊNIO.

Nos desejaríamos sinceramente naõ ser obrigados a introduzir no que temos a dizer o nome do Conde de Funchal; porque realmente naõ póde deixar isto de ter apparencias de personalidade contra elle; o que de facto naõ existe; mas uma vez que este diplomático se acha sempre no caminho de nossas observaçoens, naõ podemos deixar de encontrar-nos com elle; e naõ he de nosso gênio coacetar o rasgo ivre da pena, no que suppomos ser de interesse publico; meramente por nos salvarmos das apparencias de personalidade.

http://www.brasilartesenciclopedias.com.br/nacional/taunay_august_marie02.htm
Fig 04 – A Missão Artística Francesa estava formada, impregnada da mentalidade e do imaginário do mundo Neo-Clássico do período napoleônico. Assim atribui ao Brasil um KUNSTWOLLEN expresso no seu GÊNIO coletivo.. A imagem deste GÊNIO do BRASIL que defende a BAHIA dos seus agressores. Substitui visualmente o ANJO CUSTODIO de PORTUGAL do tempo do monarca Dom João VI .

Como o Conde de Funchal, pois, naõ foi para o Brazil, e se deixou ficar em Londres; naõ teve nem podia ter parte nas instrucçoens que se lavraram para os Plenipotenciarios; c como elle foi deixado de fora da commissaõ; naõ poderá, ao menos directamente, atrapalhar as negociaçoens desta pacificação geral; como tem feito em todos os negócios públicos em que tem tido parte, ou porque o mandassem, ou porque elle se intromettesse.
Naõ obstante isto corre em Londres um rumor, de que o Conde de Funchal se prepara para ir ao Congresso. Nós naõ nos admiraríamos de forma alguma de similhante passo; visto o que o Conde de Funchal tem feito em formal desprezo das ordens de seu Soberano, e o achamos muito capaz de se ir metter no Congresso sem Credenciaes, nem authoridade alguma; e, se o deixarem, entrar em frota sem bandeira—o que elle fez em Paris he mais que bastante para que delle se supponha tudo quanto ha de despropositado.
Agora o que nas naõ esperávamos, e de que o Leytor se vai admirar he o seguinte. D. Lourenço de Lima, que foi Ministro de Bona- parte1 contra os Portuguezes; e fez tudo quanto esteve em seu poder para lhe entregar a Pessoa do Príncipe Regente e a Familia Real ; este homem taõ conhecido em Portugal, tem o desafogo de se achar em Londres, ao momento, em que isto escrevemos, associando, por conseqüência, com o Conde de Funchal, e pretendendo a ter direito à ser um dos Plenipotenciarios do Congresso em Vienna, pela razaõ que alega, de que assim o desejava o Imperador de Áustria; como se os Ministros de Portugal, haõ de ser por forca nomeados pelos Príncipes estrangeiros. Cóm eífeito he o cumulo do desaforo, em um homem que servio os inimigos da Pátria, até o ultimo instante em que lhe pode ser útil; e he precizo ser um descarado tal qual este Lourenço, pura ter similhantes pretençoens.
https://www.google.com.br/search?q=http+objdigital.bn.br/acervo+digital/div+iconografia&biw=1024&bih=601&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=_XgPVOmmCZSlyASjwoCoBQ&ved=0CAYQ_AUoAQ
Fig 05 – A imagem da cidade do Rio de Janeiro - que a Missão Artística Francesa encontrou - era um reprodução da capital colonial. Assim a capital do Vice-Reinado do Brasil expresso um KUNSTWOLLEN no seu GÊNIO COLONIAL coletivo. A imagem da cidade era um poderoso instrumento de atração ao indígena e de dominação do imenso território do INTERIOR do BRASIL

Porém deixamos este incrível, e extraordinário exemplo de descaramento: vamos ao negocio.
Quanto á escolha dos Plenipotenciarios, nada temos a dizer, he suíficiente considerar a presente situação de S. A. R., para que todo o Mundo lhe de louvores pela escolha; naõ obstante a parte que o Conde de Palmela tem representado em Paris, com o Conde de Funchal: mas disso se naõ sabia no Brazil.
http://histgeo6.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html
http://eugostodehistoria2.blogspot.com.br/search/label/Lisboa%20Quinhentista
Fig 06 – A imagem da cidade de LISBOA de 1500 e da época das Descobertas e apropriação de imensos territórios do planeta. Esta vontade coletiva de conquista do GÊNIO COLONIAL expresso no KUNSTWOLLEN na imagem da matriz metropolitana da COROA LUSITANA. A imagem da cidade que abrigava a corte era um poderoso instrumento de atração e que os reis europeus transformavam as suas capitais dos seus reinos.

O mal que o Conde de Funchal fez á sua naçaõ, assignando o tractado de Paris, ja naõ tem senaõ dlfficultoso remédio; salvo se S. A. R. desapprovar inteiramente o que elle fez, declarando que obrou sem instrucçoens. E como naõ suppomos que o Governo do Brazil tem energia bastante para dar um passo desta natureza, julgamos que esta he a primeira difliculdade em que tem de esbarrar os Plenipotenciarios.
A segunda difliculdade resulta do mal aventurado tractado de Commercio Roevidico1; desse labyrinto, naõ vemos como se possam libertar os Plenipotenciarios, sem armarem alguma trama pela qual as demais Potências convenham em interceder, para que se rescinda aquelle tractado em tudo, e por tudo.
Porém ainda mesmo, que, pela intervenção das demais Potências, se obtivesse isso; se cahiria cm outra difliculdade, que vem a ser a necessidade, que nesse caso haveria, de fazer tractados de Commercio com todas as outras Potências ; escolho de que todo o bom Portuguez desejaria que os Plenipotenciarios se livrassem.
http://eugostodehistoria2.blogspot.com.br/search/label/Lisboa%20Quinhentista
http://www.sanderusmaps.com/en/our-catalogue/detail/164269/%20antique-map-of-lisbon-%28lisboa%29-cascale-by-braun-&-hogenberg/

Fig 07 – A imagem da cidade de LISBOA de cerca 1570 da época do seu apogeu e e pouco antes da catástrofe real de Alcacer Quebir do dia 04 de agosto de 1578. A imagem da cidade perdeu a sua corte para o reino de Castela. Enquanto isto os demais reis europeus transformavam as suas capitais dos seus reinos. Nem o violento terremoto do dia de Todos os Santos de 1755 conseguiu acordar a cidade do seu torpor. Torpor resultante desastroso Tratado e Methuen de 27 de dezembro de 1703 que hipotecou o ouro do Brasil e os vinhos do Porto. Exaurido Portugal pouco, ou nada, podia exigir dos seus embaixadores que dirigiam, em setembro de 1814, para a cidade de Viena.

Regra geral cm Diplomacia he, que toda a Potência se deve livrar de fazer tractados com outras Potências mais poderosas; e principalmente quando tem de chamar reciprocas, as estipulaçoens, que somente o saõ na apparencia de palavras. Como julgamos esta regra mui aplicavel ao estado politico do Brazil, somos de opinião, que a maior parte da habilidade dos Plenipotenciarios se deve empregar, em evitar proposiçoens de tractados; e quando muito limitarem-se a meras formalidades, de reconhecimento de bandeiras, modo de authenticar documentos, &c.
http://jornalggn.com.br/noticia/google-maps-mostra-como-eram-os-caminhos-do-seculo-xviii
http://asimplicidadedascoisas.files.wordpress.com/2014/04/america_do_sul_1814.jpg

Fig 08 – A simples contemplação, em 1814, da imagem da imensidão geográfiaca da colônia americana - da qual a cidade de LISBOA era a metrópole - provocou a marcação do seu litoral por cidades e um rosário de onerosas fortalezas. As cidades tinham o fim precípuo de explorar e saquear o interior e as fortalezas a defesa deste saque colonial. Como resultado este imenso BRASIL era um imenso OCO de expressão de qualquer GENIO COLETIVO PRÓPRIO, ou KUNSTWOLLEN.
Não era o caso das 13 Colônias Americanas inglesas que, em setembro de 1814, estavam sustentando uma renhida e sangrenta guerra contra a sua ex-metrópole com o objetivo de evidenciar o seu próprio GêNIO COLETIVO, ou KUNSTWOLLEN. Depois de afirmá-lo para si mesmos, passaram a exportar a esta vontade para todo o planeta cobrando os custos e prejuízos do período da sua própria heteronomia.

He impossível que o Governo do Brazil possa prever, ou conheça neste momento, quaes haõ de ser os seus interesses commerciaes com esla ou aquella Potência daqui a dez annos: porque he o Brazil um paiz nascente, aonde todos os ramos de industria começam de novo, e a vereda que tomarão depende de tantas circumstancias, que naõ está ao alcance da prudência humana o determinar com precisão, quaes seraõ para o futuro os ramos de industria mais próprios ao paiz, e quaes os menos importantes.
He neste sentido que mais reprovamos o tractado Roevidico; por isso que declarava as suas estipulaçoens perpétuas; e naõ dava providencia alguma para accommodar o progresso da industria no Brazil, ás relaçoens commerciaes com a Inglaterra.
O primeiro passo, portanto, dos Plenipotenciarios deve ser desmanchar o que fez o Conde de Funchal em Paris, executando isto do modo mais airoso que puderem; porque o despropósito do Conde de Funchal nas suas decantadas reciprocidades, se naõ for remediado agora no Congresso de Vienna, será uma fonte inexhaurivel de íncommodos, perturbaçoens,e prejuizos para o Brazil.
Dahi; he propor explicaçoens ao tractado Roevidico; aonde a difliculdade será ainda maior; porém os Inglezes queixam-se de muitas partes do tractado, os Portuguezes de outras; nestes termos poderão sem duvida os Plenipotenciarios Portuguezes propor, sem impropriedade, uma mutua revisão; e se conseguirem isto; uma vez que a peça for ao cadilho, culpa será dos Negociadores se a naõ refundirem por melhor molde.
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/0Wiu/Primeiro_Jornal_Dirigido_Ao_Conhecimento_Cientifico
Fig 09 – Não faltavam tentativas, em setembro de 1814, para gerar, no BRASIL, um GENIO COLETIVO PRÓPRIO, ou KUNSTWOLLEN. O periódico impresso - denominado o PATRIOTA - impresso no Rio de janeiro e circulou durante dois anos. Estava muito distante de outras culturas e reinos no quais a imprensa livre já completava séculos d vida ativa. No imenso OCEANO OCO brasileiro era uma gota com a maioria da população analfabeta ou escrava cuidando el imitada pelas suas necessidades básicas de sobrevivência física e natural. Em setembro de 2014 é um caso raro a redação, edição e leitura de coisas sérias, consequentes e fundamentadas em documentos.
Nestas circunstâncias continua uma utopia - perdida no imenso horizontes brasileiros- criar, fazer circular o texto de um tratado com o objetivo de discutí-lo em alto nível e submatẽ-lo a aprovação do PODER ORIGINÀRIO BRASILRO. Melhor mais rápido e eficiente SURPREENDER com um texto pronto fixado em qualquer PELOURINHO VIRTUAL Mesmo que o bugre não saiba ler, ele não poderá se queixar, depois, que o texto legal não foi PUBLICADO.

Repetimos, que a empreza de tornar a por em discussão o tractado he difficil, e até sugeita a perigos; mas uma vez que se consiga, na maõ dos Negociadores está naõ cahir nos mesmos erros do tractado Roevidico. Assim, se os Plenipotenciarios conseguirem derribar a fabrica dos Roevides; por isso que a empreza he difficil; seraõ elles mui dignos de louvor; mas depois de isto conseguido, se naõ salvarem a naçaõ da miséria de estipulaçoens similhantes ás daquelle tractado, merecerão grande vituperio.
http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Ficheiro:Ant%C3%B4nio_Francisco_Soares_-_Carros_aleg%C3%B3ricos_-_1786.jpg
Fig 10 – A POMPA e as CIRCUNSTÂNCIAS de EVENTOS COLETIVOS são fórmulas eficientes para escamotear e, a mesmo tempo, impor o KUNSTWOLLEN do GENIO de um ESTADO e de um GOVERNO vacilante. Eventos com o objetivo de arrastarem a atenção dispersa, dobrar a vontade dos vacilantes e os sentimentos do PODER ORIGINÁRIO de uma nação. E a pompa e as circunstancias desta formula que governo brasileiro experimentou, em 2014, por meio do campeonato mundial de futebol e está para repetir a dose com a Olimpíada Mundial de 2016. Uma das profissões acadêmicas, que esta em alta, em setembro de 2014, é o de administrador de eventos na saga dos delegados de Portugal ao Congresso de Viena.

Diremos ainda mais uma palavra a respeito destes Plenipotenciarios. He moléstia mui commum entre os Diplomáticos, a comichaõ de assignar tractados: sacriiicam-se repetidas vezes interesses reaes, á vaidade de transmittir aos vindouros o nome do Negociador juncto a um tractado entre duas Naçoens. Esta circunistancia felizmente naõ obstará agora nesta negociação aos interesses reaes de Portugal. Bastante gloria teraõ os Plenipotenciarios, em haver assistido ao Congresso em Vienna; suíficiente honra se unirá ao seu nome, quando assignem um ao tractado; portanto he de esperar, que naõ tendo necessidade desse sacrifício para sua fama, naõ multiplicarão des necessariamente os tractados; que se livrarão de estipulaçoens de allianças, sempre perigosas aos Estados menores; e de convençoens de Commercio, que ligam as maõs ao Soberano, para naõ legislar em seu paiz, do modo que julgar mais conveniente.
Findaremos este artigo por uma pergunta; pela qual deveríamos começar, se julgássemos próprio entrar na matéria; e he ? Chegarão os Plenipotenciarios a Vienna a tempo de serem recebidos no Congresso ?
Como nós sabemos, que tem havido pessoas, que tem intentado metter a ridículo esta mui justa, mui bem pensada, e mui decorosa missaõ de S. A. R. naõ duvidamos dos obstáculos, que se atirarão contra a sua execução. Se com effeito a intriga alcançar o seu fim, fallaremos depois na matéria. Se a negociação for bem succedida, deixaremos no silencio essas negras machingçoens da inveja
.
http://en.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Antigna https://www.flickr.com/photos/tolliv/14994092860/in/explore-2014-09-08
Fig 11 – No contraponto desta POMPA e das CIRCUNSTÂNCIAS de EVENTOS COLETIVOS para celebrar o impor o KUNSTWOLLEN do GENIO de um ESTADO e de um GOVERNO vacilante estava o polo do GÊNIO do indivíduo e do EU romântico. Os dois séculos que escorreram - entre setembro de 1814 e setembro de 2014 - foram pontilhados de eventos, de teorias e de tragédias sociais, políticas e econômicas que a memória humana não conhecia e não irá esquecer tão facilmente.

Commercio livre do Brazil.

Logo que se soube no Rio de-Janeiro, a noticia da paz geral, mandou S. A. R. publicar editacs, pelos quaes se concedia a todas as naçoens o comtiierciarem com os portos do Brazil. Sentimos que nos naõ tenha chegado á inaõ copia deste Edital, e logo que a obtenhamos o publicaremos, por ser como he um documento mui interessante na hisloria do Brazil.
Aconteceo a este respeito uma singular aneedota no Rio-de- Janeiro. Na manhã seguinte á em que se affixáram os Edictaes, se observou que tinham sido arrancados todos, e foi precizo que a Juncto do Commercio mandasse fazer nova ediçaõ e distribuir copias por todas as pessoas. Seria temeridade arriscar conjecturas sobre os authores deste accontecimento ,- mas elle prova, que ha no Brazil, e juncto á Corte, pessoas inimigas da prosperidade do paiz. Este facto lhes fará mais mal, do que elles julgavam obter de bem, arrancando os Editaes; ainda sem fallar no crime, e atrevimento da acçaõ.
….
Miscellanea. p.411
Por um annuncio da gazeta de Lisboa, vemos, que se recebeo uma remessa do Brazil, applicavel á redempçaõ dos captivos d'Argel. A primeira ainda está no escuro; e o publico senaõ esquecerá do que temos dicto a este respeito.

Em síntese o Congresso de Viena não conseguiu barrar o retorno de Napoleão Bonaparte ao poder dos seus 100 dias, ainda que vencesse um ano depois. Para Portugal mostrou o seu lugar insignificante no concerto das nações. Neste concerto das nações faltaram os Estado Unidos que aproveitaram o período - das disputas europeias pela hegemonia entre as nações - para criar, formalizar e depois exportar os seu próprio GÊNIO num autêntico KUNSWOLLENN.
A experiência de uma corte - agindo no seu território - serviu como preciosa lição para o Brasil. Evidenciou o pior e o melhor deste antigo equipamento político e iniciar o seu caminho para a soberania nacional.
No conjunto da civilização mundial estes dois séculos mostraram um repertório inesgotável de regimes, de processos históricos e de caminhos.



FONTES NUMÉRICAS DIGITAIS

CORREIO BRAZILIENSE de SETEMBRO de 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/060000-076#page/1/mode/1up

DOM JOÃO VI
http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1198359.htm
http://feb.ufrgs.br/feb/objetos/999596
Vinda de Dom João VI
http://feb.ufrgs.br/feb/objetos/998915
Familia real
http://pedraformosa.blogspot.com.br/2008_07_01_archive.html
ELOGIOS VISUAIS a DOM JOÂO VI
http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_amc.htm

Dom LOURENÇO de LIMA (1767-1839)
D.LOURENÇO deLIMA- http://www.arqnet.pt/dicionario/mafra1c.html

IMAGENS
https://www.google.com.br/search?q=http+objdigital.bn.br/acervo+digital/div+iconografia&biw=1024&bih=601&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=_XgPVOmmCZSlyASjwoCoBQ&ved=0CAYQ_AUoAQ
O anjo custódio do reino
http://lusophia.wordpress.com/2013/12/06/o-anjo-custodio-de-portugal-memoria-cultual-por-vitor-manuel-adriao/

JORNAL o PATRIOTA 1813-1814
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/0Wiu/Primeiro_Jornal_Dirigido_Ao_Conhecimento_Cientifico
PATRIOTA Setembro e 1814
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/038821-17#page/1/mode/1up

KUNSTWOLLEN e Alois Riegl
http://es.wikipedia.org/wiki/Kunstwollen

OS TRÊS PORTUGUESES
http://www.citador.pt/textos/as-tres-especies-de-portugueses-fernando-pessoa
TAUNAY Auguste-marie (1768-1824) Ao Gẽnio do Brasil Museu Petrópolis -RJ
http://www.brasilartesenciclopedias.com.br/nacional/taunay_august_marie02.htm

TRATADO de METHUEN de 27.12.1703
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Methuen

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